Conscientizar e orientar. Esse é o intuito da campanha Outubro Rosa, criada nos anos 90, nos Estados Unidos e celebrada durante todo esse mês. A iniciativa visa alertar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, que aumenta em 95% as chances de cura.
Apesar de tão comentados nos últimos anos, esse tipo de câncer continua sendo um dos que mais atingem as mulheres no Brasil. Com estimativa de 59,7 mil novos casos da doença este ano, esse é o segundo tipo de câncer que mais acomete o público feminino, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Esse número representa 29,5% dos cânceres em mulheres, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
A doença é causada pela multiplicação desordenada das células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam e formam um tumor. Não há um causa única para a enfermidade, porém alguns fatores podem aumentar os riscos, como os genéticos, hormonais e comportamentais – obesidade, sedentarismo, consumo de álcool e tabaco.
A doença se manifesta, geralmente, com o surgimento de um nódulo, endurecido e indolor na mama, sendo o principal sintoma. Alguns outros sinais são: pele da mama avermelhada; alterações no mamilo; e, pequenos nódulos nas axilas ou pescoço. A recomendação do Ministério da Saúde é que mulheres entre 50 e 69 anos façam a mamografia a cada dois anos. O câncer de mama também pode afetar homens, embora os casos sejam considerados raros.
É importante ficar atento aos sinais da doença e, caso detectados, procurar um médico para o diagnóstico adequado. Segundo o Inca, cerca de 30% dos casos podem ser evitados com hábitos saudáveis de alimentação e práticas regulares de exercícios.
Tire suas dúvidas sobre o assunto:
O que causa o câncer de mama?
Fatores hormonais, ambientais, comportamentais e genéticos aumentam o risco de desenvolver a doença. O risco aumenta com a idade, sendo maior a partir dos 50 anos.
O que é mamografia?
É uma radiografia das mamas feita por aparelho de Raio-X, que serve para detectar um tumor. O câncer de mama é confirmado, ou não, pela análise laboratorial de uma pequena parte da lesão retirada por meio de biópsia.
Qual orientação para mulheres com história familiar de câncer de mama?
Mulheres que tenham mãe, irmão ou filha com história de câncer de mama antes dos 50 anos ou de câncer de ovário (em qualquer idade) devem conversar com o médico para avaliar o risco e decidir a conduta adequada.
E mulheres antes dos 50 anos?
Antes da menopausa, as mamas são mais densas (consistentes) e a mamografia de rastreamento não é indicada, pois gera muitos resultados incorretos.
É possível reduzir o risco de desenvolver câncer de mama?
Sim. Manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas são atitudes que ajudam a reduzir o risco de ter a doença. Amamentar também é um fator de proteção.
Fontes:
Inca; Ministério da Saúde; A situação do câncer de mama no Brasil.