Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertam para uma triste estatística: as infecções hospitalares acontecem em cerca de 14% das internações e, em média, 1 em cada 10 pacientes afetados morre por esse motivo. Hoje, quando se celebra o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares, queremos alertar sobre a importância de ações rígidas para reduzir ao máximo esse tipo de problema. Vale lembrar que a infecção hospitalar pode ser ocorrer após a admissão do paciente na unidade hospitalar e pode se manifestar durante a internação, especialmente nos casos de longa permanência, ou mesmo após a alta. Pela sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública.
Segundo a própria OMS, nos locais onde estão estabelecidos protocolos claros para a adoção regular de uma boa higiene das mãos, tanto de equipes quanto pacientes, e desinfecção das superfícies, além da manipulação cuidadosa e sempre limpa de itens diversos correlatos ao ambiente assistencial, cerca de 70% das infecções pode ser evitadas. Aqui no Hospital Santa Rita levamos o assunto com a seriedade que ele requer. Temos orientado nossas equipes regularmente quanto à adoção de boas práticas de higienização de equipamentos e materiais, por exemplo, além da aplicação de medidas de precaução e isolamento e gerenciamento do uso de antimicrobianos.
Os cuidados com a higiene das mãos, fundamentais para coibir o problema, podem ser por meio da lavagem com água e sabão ou também com o uso de álcool 70%. Eles valem para equipes de saúde, pacientes e também aos seus visitantes. Para esse último caso, fazemos um pedido: higienize sempre suas mãos quando chegar ao nosso hospital para visitar um ente querido, antes e após tocar no paciente ou em superfícies próximas ao seu redor e ao sair do HSR. Para que a lavagem seja mais eficiente, é importante que os adornos sejam retirados (por exemplo, anéis, pulseiras e relógios), para facilitar o contato da água ou do álcool com a superfície da pele que está sendo higienizada. A manutenção das unhas curtas e limpas também pode auxiliar. Não é recomendado que o visitante leve alimentos para o paciente sem a autorização e o conhecimento prévio do médico e/ou da nutricionista, sob o risco de prejudicar seu tratamento. Nunca sente na cama do paciente, nem em camas vagas ao lado dele. Essa é uma atitude que demonstra educação e respeito ao próximo que irá ocupar o leito, além de mitigar riscos.