Pouco mais de um ano após a confirmação do primeiro caso de COVID-19 no Brasil, uma série de estudos foram conduzidos mundo afora para compreender os efeitos da doença no organismo. A equipe do Hospital Santa Rita tem acompanhado as principais publicações sobre o tema, como o estudo realizado no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor/FMUSP). O levantamento reforçou a hipótese de que a COVID-19 causa disfunções cognitivas.
O estudo segue em andamento, mas os resultados preliminares já indicam que 80% dos pacientes tiveram sinais como perda de memória, dificuldade de atenção, problemas de compreensão e ainda déficits no raciocínio e na execução de tarefas rotineiras. Esses sintomas foram classificados como efeitos tardios da infecção causada pelo coronavírus. Ainda de acordo com o levantamento, as alterações cognitivas foram mais intensas nos pacientes que desenvolveram formas mais graves da doença.
Atualmente, cientistas buscam explicações para entender melhor como o vírus SARS-CoV-2 afeta as funções cerebrais. Uma das hipóteses é que a falta de oxigenação no sangue (hipóxia) causada pela COVID-19 seja uma das principais razões.
Portanto, a equipe do Hospital Santa Rita recomenda que mesmo após a recuperação da COVID-19, é preciso ficar atento a possíveis sinais como dificuldade de concentração, falha na memória e sonolência diurna. Nesses casos, o mais indicado é procurar um neurologista para avaliar o quadro e indicar as medidas para reabilitação.
Fontes: InCor/FMUSP; Veja Saúde