Existem hoje cerca de 415 milhões de pessoas portadoras de diabetes no mundo, sendo 14,3 milhões somente no Brasil. Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde no ano passado (2017) revelou que 8,9% dos brasileiros são portadores da doença, e um dado alarmante é que muitos deles não sabem – seja porque não apresentam sintomas ou por não realizarem exames clínicos de rotina. Somado a tudo isso, o diabetes é a terceira causa de mortes no mundo – uma pessoa é acometida a cada seis segundos pela doença.
A maioria dos pacientes só recebe um diagnóstico quando a doença está avançada, a ponto de desenvolverem doenças cardiovasculares, cegueira e até amputação de membros, como pernas e braços. Esta é uma realidade que precisa ser transformada, pois os custos maiores são com as complicações da doença, que podem ser evitadas com a prevenção e controle adequados.
Mas, afinal, o que é diabetes, quais são os tipos, como se manifesta e quais os tratamentos disponíveis?
O diabetes ou a diabetes é uma doença na qual o corpo não produz o hormônio insulina, ou não consegue metabolizar adequadamente a insulina que fabrica. Pela falta ou descontrole desse hormônio, que é produzido pelo pâncreas e é responsável pelo controle e transporte da glicose para dentro das células, há um aumento do açúcar no sangue do paciente – causando, em médio e longo prazos, danos nos órgãos e vasos sanguíneos.
Diabetes tipo 1
Hereditário, com incidência maior entre crianças, adolescentes e jovens adultos, é crônico e caracterizado pela não produção de insulina pelo pâncreas. O paciente portador da doença é insulinodependente, portanto, precisa de acompanhamento médico constante e doses diárias de injeções de insulina.
Diabetes tipo 2
Causado principalmente por maus hábitos alimentares, sedentarismo, obesidade e idade avançada, é caracterizado pelo mau funcionamento do pâncreas na produção de insulina, que se torna insuficiente para metabolizar o açúcar excessivo existente no organismo. Diferentemente do tipo 1, a doença se instala aqui de maneira gradual.
Pré-diabetes
Acomete principalmente indivíduos acima do peso/obesos e sedentários, e é anterior ao diagnóstico do diabetes tipo 2. É conhecido como o estado de resistência à insulina, em que o pâncreas produz o hormônio em excesso na tentativa de controlar os níveis de açúcar do organismo.
Diabetes gestacional
Ocorre durante a gravidez, quando há um aumento considerável de glicose no sangue materno. O problema pode desaparecer logo após a gestação, ou se transformar em diabetes do tipo 2. Qualquer mulher pode desenvolver a doença, mas a frequência é maior entre obesas, pessoas que ganham muito peso durante a gravidez ou que possuem histórico familiar.
Sintomas comuns do diabetes
Vontade frequente de urinar, sede excessiva, emagrecimento, visão embaçada são sinais que devem ser observados. Além desses, pessoas portadoras de diabetes também apresentam infecções frequentes, dificuldades de cicatrização, formigamento nos pés, fraqueza, fadiga e irritabilidade frequentes. Porém, alguns doentes não apresentam sintomas significativos. Para o correto diagnóstico, uma visita ao endocrinologista e alguns exames específicos de sangue são suficientes.
Tratamentos
O portador de diabetes precisa controlar o nível de glicose no sangue constantemente, evitando assim complicações causadas pela doença.
O diabetes tipo 1, por ser genético e não ter cura, deve ser tratado com injeções de insulina diárias, de acordo com orientação médica. Alguns medicamentos por via oral também podem ser administrados.
Em todos os outros casos, o endocrinologista poderá prescrever medicamentos, dieta e hábitos de vida mais saudáveis para reduzir os níveis de açúcar no sangue do paciente, combatendo a doença. Para as gestantes, é importante o monitoramento do embrião por meio de ultrassons e outros exames gestacionais.