A cirurgia bariátrica e metabólica reúne um conjunto de técnicas para a diminuição do estômago e que visa a redução do peso em pessoas que sofrem de obesidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica esse tipo de cirurgia para pacientes com índice de massa corpórea (IMC) maior ou igual a 40 ou ainda com IMC entre 35 e 40 e que sofram de, pelo menos, duas complicações relacionadas, como apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes, aumento de gorduras no sangue ou problemas articulares.
Vamos apresentar hoje os três tipos de cirurgias bariátricas regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina, lembrando que cabe ao médico especialista a melhor indicação.
– Restritivas: são as cirurgias que apenas diminuem o tamanho do estômago, induzindo à sensação de saciedade precocemente. Nesse tipo de cirurgia, a perda de peso se faz pela redução da ingestão de alimentos. O estômago tem menos capacidade e manda a “mensagem” de saciedade mais rapidamente;
– Disabsortivas: são conhecidas como cirurgias de “desvios do intestino”, pois ao invés de reduzir o tamanho do estômago de forma drástica, elas desviam uma boa parte do caminho que os alimentos fazem no trato gastrointestinal. A redução do peso ocorre porque esse tipo de cirurgia reduz o tempo do alimento no trânsito pelo intestino delgado, “cortando caminho” para o intestino grosso;
– Técnica Mista: são aquelas que associam as técnicas restritivas com as disabsortivas. Combinam limitação ao volume de alimento sólido ingerido e um desvio no trânsito do alimento no trato gastrointestinal. Esse desvio, entretanto, é menor do que nas cirurgias disabsortivas convencionais. São as cirurgias mais realizadas no Brasil e no mundo.
Seja qual for a cirurgia indicada, a absorção nutricional fica comprometida. Por isso, os pacientes deverão ser acompanhados pelo resto da vida pelo médico, com o objetivo de receberem orientações específicas para elaboração de uma dieta qualitativa.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (www.sbcbm.org.br); Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (www.bvsms.saude.gov.br); Portal ABC Med (www.abc.med.br)